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sábado, 27 de agosto de 2011

Pobre ou rico


Pobre ou rico


Sentei-me no combro da horta

Sachola colocada a meu lado

Sabendo que ninguém se importa

Pela pobreza, por este meu fado


Sentei-me para olhar

Quantas sementes atirei

Quantas plantas semeei

Para me poder sustentar


O verde do oiro plantado

realçava na terra castanha

Minha alegria tamanha, mas pobre

Mas honesto...

Porque o resto...

É gente rica, gente nobre


Admirava o realce dos regos traçados

Alinhados e bem fardados

Vestidos a rigor

Eram legumes da minha horta

em todo o seu esplendor


Sentei-me consciente e feliz

Naquela terra estava a minha raíz

A janela do meu sol

A minha felicidade, a minha porta

O combro da minha horta,

também tinha um lençol

feito de verde esperança

E eu sentado admirava aquela dança


Borboletas actuavam para mim

No veludo verde da relva

Enfeitado por flores de Jasmim

Sentado descobri a minha riqueza

Sentado admirei o quanto cresci

Sentado vi toda beleza

Que a trabalhar eu construí


Pobre...mas rico de amor

Pobre...mas rico de felicidade

Pobre...mas rico de honestidade

Pobre...mas rico do meu saber

Pobre...mas rico por agradecer

Rico...porque assim eu quero ser


José Alberto Sá

1 comentário:

  1. menino José...
    não há maiores riquezas do que estas a declamar...
    bjks doce ♥

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