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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

O medo...


O medo...


Ouvia o vento e sentia medo

As folhas pareciam voar

As árvores vergavam-se sobre nós

E nós... Que toledo...

Só queríamos rebolar

Sermos o milho, apertado pelas mós

O vento era minha vontade

Para que te agarrasses

As árvores a continuidade

Para que me amasses

...

Ouvia o rio a correr

Ouvia alguém a gritar

As nuvens escureciam

E nós... Sem saber

Não víamos o rio passar

Não ouvíamos o tempo acabar

Nossos corpos nada conheciam

...

Estava na floresta encantada

Que me parecia um deserto

Unido... Vi o sol na minha namorada

Ouvia o vento no sussurro do aperto

As folhas voavam sobre nós

As árvores eram braços do toledo

O rio eram suores movendo as mós

As nuvens eram o sonho

Um sonho sem medo

...

As árvores, as folhas e o vento

Foram testemunhas do amor

Com medo, sem medo do tempo

Num rio de vontades e calor

O som do gritar

Grito que se ouviu

Foi um momento de amar

Do medo, sem medo que surgiu


José Alberto Sá

1 comentário:

  1. Olá José mais uma visitinha ao teu blog,adorei o poema,com sentimento e muito profundo, também escrevo poesia,como tu sabes, se quiseres visitar o meu blog, estou á tua espera...beijinhos de sol
    Paula lourenço
    Com medo, sem medo do tempo
    Num rio de vontades e calor
    O som do gritar (...)

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