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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Até amanhã


Até amanhã

Acordei, a roupa estava espalhada no chão
Completava um vazio, uma vontade, um desejo
Quis acreditar nas cores que enfeitavam o meu coração
Aquele beijo!
Somente a minha roupa lá estava
Ainda sentia o eco em melodia do mar
Aquele som sussurrado, que me fez acreditar
Que me amava!
O lençol amarrotado falava-me do ondulado prazer
Uma longa noite em que o tempo se evaporou
Vapores saídos de dois corpos a ferver
Acordei… Ela me amou!
Já sentado, olhei o espelho onde reflectia meu corpo despido
Ainda sentia as mãos de veludo, percorrer o pecado
Fechei os olhos e relembrei o momento de cupido
Quando a flecha abriu o fruto mais esperado
Acordei para ser feliz, sorri para a luz reflectida
No espelho… Um sol que tinha dormido na mesma cama
Uma lua que brilhou até à despedida
Um olhar que me segue, que me quer, que me ama
Lembro o beijo depois do banho, perfumada e bela
Lembro o olhar doce de mel, o sorriso vermelho de romã
Acordei com a luz brilhante da minha donzela
Na saudade de hoje, na esperança de amanhã


José Alberto Sá

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