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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Apontado à luz

Apontado à luz

E os dedos hirtos apontaram o céu
Não se ouviu relampejar
A névoa não tapou o sol
E os dedos de um ser como eu
Fizeram-me ouvir, fizeram-me chorar
Não havia névoa, ao longe se via o farol

E os dedos hirtos sem auréola de luz
Fizeram-me sentir o fresco do mar
As ondas de um mar manso
E os dedos de um ser como eu, lembraram Jesus
Fizeram-me sorrir, fizeram-me cantar
Não havia névoa, o céu estava em descanso

E os dedos hirtos tremiam ao apontar
Não se ouvia o vento
As pessoas em volta estavam como eu
E os dedos de um ser que sabia falar
Ergueram-se em voz alta, compassada no tempo
Um tempo sem névoa, que também era meu

E eu…
… Eu ouvi…
O amor de um ser, que nos falava do céu
… Eu senti…
Que os dedos hirtos,
eram de um amor que também é teu


José Alberto Sá

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