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terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Ao relento

Ao relento

Sinto as varandas que vislumbram o ar sereno da vida
A minha também me faz sentir o horizonte planeado

Varanda que se desnuda ao céu, pela luz de um sol,
que és tu querida
O palco onde me confesso, num segredo a ti não revelado

Ao relento

Amo namorar a minha varanda, como amo te ter no meu luar
Por vezes sinto a luz das estrelas querendo penetrar,
como se eu fosse a fêmea da noite, amante da lua

Me sinto bem penetrado pelo pensamento em ti,
quando lentamente sinto o fresco da noite, se estás nua
Despida na vontade de estar comigo, na varanda do meu sonhar

Ao relento

Imagino varandas que por esse mundo se decoram
Namoro os pirilampos que iluminam o amor
Varanda resplandecente como a minha,
onde as verdades namoram

Beijos e abraços desenhados no corrimão do louco odor
Cheiros, onde as sementes caiem pelo calor,
pelos gemidos que soam na noite silenciosa

Ao relento todos os gestos de amor,
tornam a varanda apetitosa

Ao relento

Vejo varandas que escondem segredos, que todos conhecem
São como janelas que se abrem ao pecado
São como portas que se fecham, quando os actos se humedecem

E tudo é tão bom, vivido na varanda de minha casa
O sagrado pedaço de chão que não me fala
Mas sabe tudo que dissemos quando em brasa
Corpos quentes numa varanda, onde o corpo não se cala



José Alberto Sá

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