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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Tento esquecer-te e não consigo

Tento esquecer-te e não consigo

Por quanto tempo mais, irei escrever este meu livro.
Já rasguei tanta folha, que me dói o peito…
Ferido e sem jeito.
Para justificar as palavras colocadas no lixo sem recuperação, dói-me o coração.
Versos…
Muitos versos de amor, muita palavra sentida, vontade sofrida.
Vontade contida na saudade das folhas amarrotadas e no lixo lançadas.
Por quanto tempo mais, sentirei longe o cheiro das rosas, as folhas onde escrevo e se diluíram em teu perfume.
Essência das palavras que rasguei e sem recuperação, se perderam pela minha mão… Sem um único queixume.
Por quanto tempo mais…
O meu sorriso levará os meus olhos a brilhar, sinto-me triste pelo perdido, num caixote de pétalas humedecidas com lágrimas.
Versos…
Muitos versos sentidos na humidade do meu olhar… Preciso procurar até encontrar.
A cor do sol e das estrelas no rastejar dos meus pés, sou o ser descalço de pensamento, sou o ser que deitou ao lixo parte do encantamento.
Palavras que hoje não mais encontro por aí… Quimeras translúcidas que ainda deixam passar alguma réstia de valor, do ser que habita em mim.
Por quanto tempo mais, minha alma aguenta o sentido das palavras perdidas que ainda me perturbam… Meu Deus porque penso nisto… Por quanto tempo… Sei lá… Alguém me dirá.
Por quanto tempo, o tempo se sentirá capaz de me contar, a razão de no meu lixo ter palavras com valor… Perdidas para sempre… Será amor?
Por quanto tempo mais… Tentei esquecer-te. Eu não consigo…
Este tempo que diz ser pouco… É tempo demais sem ti.


José Alberto Sá

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