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domingo, 15 de junho de 2014

Deixo tudo...

Deixo tudo…

Deixo que faças comigo de tua vontade, veste-me ou despe-me, que seja como tuas mãos pedem, serei para ti a referência do teu olhar.
Deixo que faças… Que sintas ao deslizar as mãos pelos meus ombros, os músculos, os membros, as vértebras e o acrescentar de mil beijos… É belo quando deixo e sinto arrepio…

Eu deixo que faças de mim o essencial… Tudo…

O estremecer na intriga da tua beleza, és a imagem que trituro, que rasgo, que fragmento, que despedaço nas vontades deste corpo que te deixo explorar…
És a regra que me faz obedecer, és o grafiti que trepa pela parede, és a sensação de poder… Poder é a virtude de um momento em que me deixo para ti… Trepo contigo e no frio do cimento somos a experiência carnal…

Eu deixo que faças de mim o essencial… Tudo…

Deixo que me imagines no teu reino intermédio… Entre o sonho e a realidade…
Eu sonho contigo despida a descer devagar a escadaria que te traz até mim… E no último degrau recebo-te despida numa realidade que nos leva ao tapete… Eu deixo amor, que esta loucura seja real, pois enganadora já é tortura de não te ter e somente viajar sozinho… Sonho-te.

Eu deixo que faças de mim o essencial… Tudo…

Deixo que me interrogues, que faças todas as perguntas sobre mim… Eu deixo, porque não respondo pelos meus sonhos… Estes sonhos são deveras a realidade deste homem que deixa que o amor seja a vida… Eu deixo… Somente porque eu quero ser feliz e ser feliz é deixar o amor acontecer…

E o essencial? E tudo que seja amor.


José Alberto Sá

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