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quarta-feira, 11 de junho de 2014

O limite do amor

O limite do amor

Nunca disse ser o imortal, nem o instrumento adequado, só quero ser o limite do amor até à morte.
O meu sangue ferve comandado pelo fulgor de um coração que me realiza, sempre bombeando da mesma forma e com a mesma intensidade… Com amor e simplicidade.

Nunca disse ao amor que fique pela metade… Quero tudo… Quero todo… Quero imenso…

Nunca…
Esta é a palavra que não nos leva… Que nada nos traz, é a importância entre a pergunta e a resposta… Entre o pedido e a negação… Entre Deus e o Demo…
Nunca… É a palavra que não temo…

E mais incrível ainda, é que nunca é uma palavra vazia, quando nunca tem, ou quando nunca se esvazia… Intrigante…
Nunca disse ser imortal, por isso quero a obra acabada… O caminho a quem chamo de estrada… A minha rua… Aquela que se bifurca ao longe e me aperta o pensamento… Sempre penso, mesmo que apertado pelo nunca…

Eu sinto no meu sangue a osmose das duas vontades… Eu quero… Tu queres… Então nunca é a palavra que não cabe entre nós… Não quero ser o criador do nosso nunca… Espero que tu não sejas a vontade de o tecer em troca do nada… Já sabes nada é nunca… Vem como te peço… Irei como me queres… Só quero ser o limite do amor até à morte.


José Alberto Sá

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