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quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Dominação

Dominação 

Castiga-me… Vá, castiga-me, domina-me como se eu fosse modelo, de uma forca em que a corda são os teus braços.
Força-me a tudo, eu disse a tudo, porque tenho o principal do teu desejo… Força-me, vá, talvez me critiques por me sentir bem, quando me castigas.
Vá…
Por detrás sou presa fácil, sinto-te mas não te vejo, até meu umbigo se cega aos teus olhos… Extravasa essa tua arrogância sensual… Vá, castiga-me, pois cada lado meu, te fará apertar ainda mais a vontade suprema das tuas mãos.
Vá…
Os seios apontam arrepiados, não pelo medo, mas por sentir esse banho de dedos que me arrepiam… São cócegas em forma de tortura… Fazes-me mover os calcanhares.
Vá, força-me mais um pouco, será indispensável que te espalhes em mim, o aperto provoca-te tremuras no teu refinado sorriso.
Sinto-me presa, como que de uma ave de rapina se tratasse, ao segurar a sua presa…
Seguras-me pela cintura e fazes-me escorrer… Sou agora mulher nas margens de um rio, sou amante castigada por ti… Sou ventre que se quer deitar… Sou a tensão que se exige… Sou o olhar alucinado… Sou mulher, que mesmo submetida a ti, me sentirei em castigo a montanha que desce até te encontrar…
Sou mulher, que após o castigo, te olhará de frente e te pedirá mais castigo… Mais Força… Mais dominação.
Vá…
Castiga-me sempre… Quero ser cúmplice de um poeta que me ama, na prisão dos seus braços.
Castiga-me… Vá… Amo-te pela força que me invade… A ti poeta…


José Alberto Sá

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