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quinta-feira, 14 de maio de 2015

Hoje...

Hoje…

Como se fosse hoje… Esse tempo distante de conhecimento e mistério…
Como se eu fosse amigo da alma, amigo das dificuldades, em que o mundo me deseja pela poesia e pela carne…
E hoje… Intrigo-me sem dúvidas, como se eu fosse um amanhã, intrigo-me quando o mal não se atreve à minha altura, nem o bem quer de mim a mistura… Aventura talvez…
Rezo tantas vezes, como se fosse hoje… E hoje seria mais um pedido ao conhecimento, ao mistério… Quando sonho… Ou quando realizo…
Terrível é a imaginação sobre a carne, onde esta sempre se aproveita da minha poesia… O corpo feminino é no sonho igual à realidade… É poesia… Sonho…
Esse tempo distante de conhecimento e mistério, que carrego no desejo…
Sempre por perto… Por perto é distância entre o membro e a vulva que me arrepia…
E sempre sonho… Figuras perversas que se atravessam no meu caminho… Sabendo eu que o mundo é lindo e muito mais seria se eu… Devora-se a carne como a desejo…
Intrigo-me pela minha apatia… Não conhecem a parte de mim, que mexe… Que se dilacera sozinha… Sempre na vontade, como se fosse um amanhã de união… Como se fosse hoje…
Comer não é o bastante para me saciar… Amo a reza misteriosa sobre a carne, onde os joelhos se agacham e eu… Devoro intensamente, mesmo que num amanhã perfeito…
Como se fosse hoje…


José Alberto Sá

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