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sábado, 11 de junho de 2016

Poesia

Poesia

É impossível não sentir a humidade, o meu coração acelera perante tal subtileza, perante a evocação e a estratégia de um louco amor… Transpiro pelos poros da minha pele, remetendo-me a um silêncio sussurrante, onde o eco são as palavras que escrevo… Amo escrever poesia.
Encontro-me numa constante frequência e absurdo vício de grandes êxtases, onde solto suaves ais sentidos.
Em cada palavra uma porta se abre, o mundo é a passagem obrigatória, eu entro e saio completo… Pois completa é a ousadia que inaugura cada poema, esta ousadia em perfumados sentires, em mares de mesclas maresias, em ventos frios que me eriçam a pele, em apertadas expressões onde a pele se aviva e se mostra rubra… Tom avermelhado de uns lábios que soletram cada palavra escrita.
É impossível não sentir a humidade, graças a um deus que imagino perfeito, defensor do erotismo que emprego em cada letra, não existe tabu, não existe medo, sempre me cubro de amor… Sempre nu, numa nudez que revela as gretas, os vales, os socalcos, as serras, as águas, o ar, o fogo e o amor… É impossível não sentir a humidade, num beijo dado por mim, poético, frenético e aplaudido de pé, após o levantar de uma batalha amorosa com as palavras escritas em poesia.
A minha poesia!


José Alberto Sá

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