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terça-feira, 19 de julho de 2016

O meu teclado

O meu teclado


Tantas vezes olho o teclado negro e não conheço as palavras que quero partilhar… Tantas vezes elas são testemunho das minhas faces teatrais… Vezes sem conta se fazem narradoras da minha peça… Sempre as vejo negras!
Tantas vezes são duas as personagens… E nos bastidores é a mente que me leva a despir, o penteador é o monitor do computador… É ele a luz, o amor…
Tantas vezes!
As teclas de negro são nuas, sem nada, ou com tudo nas letras poisadas e pintadas de branco.
Os dedos penteiam e elas se despem de preconceitos, tantas vezes fazem e dizem o que eu quero! Abrem-se em Lutas… Amores… Saudade… Mentiras… Verdades… Prisões… Liberdades… Frustrações… Medos e paixões… Tantas vezes!
E de cada vez que conto uma história, um poema, uma frase… Sinto amor e a realização de tudo… Ou quase! Quase tudo!
Tantas vezes as palavras são eróticas, divinas, com uma louca luz e alucinadas como que se drogadas estivessem!
São sempre negras as teclas que oculto quando escrevo… Tanto me dão e tanto delas vos devo!


José Alberto Sá

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