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quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

A analogia ao desejo de um calcanhar!

A analogia ao desejo de um calcanhar!

Por incrível que pareça o amor tem destas coisas, o motivo, a compreensão, a dúvida, a certeza e uma mistura de beleza animal!
O olhar cega, para que veja melhor o conteúdo vazio, os espaços a preencher!
Por incrível, é bastante comprometedor quando supomos que a outra parte, não parte sem que exista união! Aí tudo já é, mesmo não sendo a versão completa daquilo que levamos em mente!
Os braços apoderam-se desde o início, logo que o olhar já tenha penetrado e se aromatizado até ao céu-da-boca!
As orelhas entram em conflito, numa mesma batalha em que os narizes se submetem à excitação, e à loucura dos rostos suados e despenteados!
O desejo é ramificado pelas extremidades dos dedos que dançam, é imortal o aroma e a humidade que nos ensina a canção! A árvore cresce e o fruto amadurece!
Afogo-me nesta analogia de um calcanhar!
Sinto-me delirado com a perfeição humana! No amor, tudo se pode exaltar!
Amo a fonte que me sacia a sede, a carne, a pele e a intensidade do pulsar!
Os corpos se idealizam desde a cabeça aos pés, gemidos, mãos que deambulam e calcanhares fincados na parede!
Assim é um corpo noutro corpo, no sentido total!
Esta é a analogia ao desejo de um calcanhar, que um dia também amou, por saber amar!


José Alberto Sá

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