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quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Alcoolizados

Alcoolizados

Bebo amor e absinto
Bebo a loucura e não sinto
Bebo pecados e dança
Bebo braços, pernas abertas
Bebo lábios que a língua alcança
Bebo tangos nas cobertas

E gemidos sobre as nuvens
Um sol bebido em calor
Uma lua bem sonhada
Mais amor,
numa noite penetrada

Bebo o verão em tons pastel
Bebo ventres, bebo mel
Bebo bagaço que me atordoa
Bebo veneno chamado sexo
Bebo beijos e desejos
Bebo turbulências sem nexo
Bebo vontades, doa a quem doa

Bebo o mundo
Bebo imundo
Bebo nas bebedeiras do ser
Bebido como homem que sou
Bebo na taça a quem chamo mulher
Bebo louco quando vens,
Bebo louco quando vou

Bebo sem medo do teu olhar
Bebo esse teu corpo que venero
Bebo até morrer por te amar
e é louvor
Pois ambos bebidos seremos, como eu quero
Como tu queres… Meu amor


José Alberto Sá

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